sábado, 28 de maio de 2011

Champions League

Apenas para deixar registrado: com esta escalação, o Manchester vai levar uma goleada.
Depois explico melhor.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Novo Fenômeno

Frankel é o assunto do momento no turfe mundial. Sábado passado, ele arrasou a parceira nas 2000 Guineas inglesas de uma forma impressionante – o vídeo está aí abaixo. A vantagem de 6 corpos no disco de chegada foi a segunda maior da história da carreira, segundo o Ninho do Albatroz., confimando um favoritismo de 1,50 - desde 1974, este clássico não tinha favoritos de menos de 2 por 1.
A dúvida agora é se ele vai ao Derby de Epsom, para depois tentar o Arco do Triunfo, ou se fica ao redor da milha. Vários comentaristas acharam que Frankel chegou cansado – ainda não consegui descobrir as parciais do páreo – e que teria dificuldades nos 2400 metros, principalmente correndo de frente, pressionado por pacemakers.
Segundo seu treinador Henry Cecil, ele diminuiu no final por “estar com sono”, dada a falta de adversários. Para correr o Derby, no entanto, Cecil acredita ser necessário testar o craque no Dante Stakes, tradicional prova preparatória em 2000 metros que acontecerá na próxima quinta, proporcionando, portanto, apenas 12 dias de breve descanso a Frankel – parece realmente uma aventura ousada.
Caso desista do Derby, o futuro de Frankel deve ser triturar os rivais nas provas de meia distância do calendário inglês – St. James Palace (junho), Falmouth Stakes (julho), Sussex Stakes (agosto) – e atravessar o atlântico para a consagração na Breeders Cup, Mile ou Classic.
Seja qual for o direcionamento da campanha, o nome do craque já está gravado na história do turfe inglês. Agora é tentar conquistar o mundo.

sábado, 16 de abril de 2011

Onze de Setembro no Poker Online

O poker online viveu ontem seu onze de setembro com a notícia do bloqueio pelo FBI dos seus principais sites - Poker Stars, Full Tilt e Absolute Poker/UB. A medida faz parte de um processo judicial que acusa os donos dos sites de lavagem de dinheiro e fraudes contra o sistema financeiro para continuar processando os depósitos e saques de jogadores americanos, que teoricamente teriam que estar impossibilitados de jogar desde 2006, data da criação da UIGEA, lei americana anti-apostas online. Além do bloqueio dos domínios, foi também pedida a prisão dos responsáveis pelos sites, embora a maioria deles não viva nos Estados Unidos, e o bloqueio das contas bancárias das empresas em 14 países. Aqui no Brasil, a notícia provocou uma corrida dos jogadores para sacar seus saldos. Quem foi mais rápido conseguiu, quem demorou mais teve seus pedidos negados. Os doleiros online, aproveitando a onda de pessimismo, estavam comprando os dólares virtuais na base do 1 por 1. A parte mais bombástica da notícia é a estratégia inteligente do FBI, fugindo da discussão se o poker é ou não jogo de azar (gambling), ou da velha questão das liberdades individuais garantidas pela constituição americana, para centrar seu ataque em crimes comuns contra o sistema financeiro, o que na prática pode acarretar o fechamento dos sites acusados e um baque de credibilidade no poker online em geral. O fim da história deve ser um acordo entre o governo americano e os sites, a regulamentação do jogo online (poker incluído), com a sua consequente geração de impostos, mas com o fechamento do mercado americano para o resto do mundo e vice-versa. Por enquanto, o clima é de apreensão entre as centenas de milhares do jogadores pelo mundo.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Abu Deu Tri


O sonho do bicampeonato mundial acabou precocemente para os colorados, e a Inter de Milão fez o básico, impondo sua maior qualidade e o peso da sua camiseta contra coreanos e congoleses, conquistando assim seu sonhado tri mundial, já que o bi estava em um lugar distante na memória, há 35 anos – neste meio tempo, o rival Milan ganhou cinco Champions e três mundiais.
Sobre a derrota do Inter de Porto Alegre, muito já foi falado, entre opinões acertadas e algumas besteiras. Até a festa no embarque rumo aos Emirados já levou a culpa, em palpite do ex-colorado Lúcio, que além de infelicidade, demonstrou ignorância história, já que em 2006 a mesma manifestação foi saudada como “energia positiva” para o time.
O Inter não perdeu por salto alto ou menosprezo, talvez o único fator psicológico que tenha influenciado tenha sido o nervosismo após levar o primeiro gol. Na verdade, o Inter “confirmou seus trabalhos”, atuando no Mundial da mesma forma que em seus últimos jogos no Brasileiro: com posse de bola, mas extrema dificuldade de concluir e fazer gols; com problemas defensivos visíveis, do goleiro que não defende um único chute razoavelmente perigoso à dupla de zaga lenta e pesada, passando pela insegurança das bolas nas costas do Nei. O Inter que enfrentou o Mazembe não foi diferente do que perdeu para o Avaí ou empatou com o Vitória em pleno Beira Rio, mas o “planejamento” da Diretoria e Comissão Técnica varreu sistematicamente os problemas para baixo do tapete, e os defeitos apareceram no momento mais inesperado.
Claro que todo este post poderia ser diferente se o Sobis aproveita aquela chance clara no início do jogo, ou se o Giuliano empata na metade do segundo tempo, mas qualquer competição funciona da mesma maneira: os mais preparados sempre estarão mais perto da vitória do que aqueles que cometeram erros na sua preparação. Quem faz tudo 100% certo, pode perder um jogo ou um título, mas quem deixa de fazer o seu 100%, certamente perde com muito mais freqüência.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Chegou a Hora

O Mundial de Clubes começa para o Inter daqui a pouco. Pelo pouco que vi do Mazembe (uma parte do segundo tempo), parece ser um adversário forte fisicamente, mas muito ingênuo e limitado tecnicamente. As estréias dos sulamericanos nunca costumam ser tranquilas, mas acho que a do Inter deve ser excessão a essa regra.
Neste momento, o filme de 2006 está passando na cabeça. Espero que 2010 também deixe grandes lembranças, como a do vídeo abaixo - estádio de Yokohama, minutos antes de começar Inter x Barcelona, o clima era este...

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Quase...


Faltou muito pouco para Zenyatta. Ela veio voando, mas não alcançou Blame, que acabou confirmando os comentários pré-páreo que o apontavam como maior adversário da campeã. Mike Smith chorou e se culpou – se o blog fosse em inglês, dava pra fazer um trocadilho mais direto – mas não me parece ter sido dele a responsabilidade pela derrota. Zenyatta simplesmente não chegou a tempo, um risco que ela e Mike Smith correram várias vezes, um risco que qualquer animal atropelador sempre irá correr.
A derrota não desmerece em nada a campeã, e já existe uma campanha para reparar a injustiça do ano passado e coroar Zenyatta horse of the year, apesar do berro antecipado do proprietário de Blame. A BC Classic de 2010 foi a carreira em que eu mais torci sem estar envolvido como proprietário ou amigo de algum envolvido. Infelizmente, não deu, e a imagem de Zenyatta engolindo a raia, mas Blame resistindo, foi tão marcante que tive que consultar o resultado para lembrar quem foi terceiro (Fly Down), já que Lookin At Lucky, que mostrou a cara na reta, acabou em quarto, e Quality Road nem ligeiro foi.
A história do turfe está repleta de grandes craques que um dia perderam, pelos mais variados motivos. Zenyatta agora se junta a eles.

Goldikova Tri


Na metade da curva, parecia que ela estava um pouco longe dos ponteiros, e Oliver Peslier já estava tendo que se mexer. A possibilidade de fracasso sumiu da cabeça de todos logo na entrada da reta, quando Goldikova “largou dali” e destruiu a parceria. Ganhou na hora e da forma que quis, marcando ainda mais seu lugar na história. Gio Ponti veio no final para fazer segundo – corre muito, mas deu azar de pegar Zenyatta pela frente num ano, e Goldikova no outro. O terceiro foi de The Usual Q.T. e o quarto foi de Paco Boy, que corria bastante no final, mas nunca ameaçou a dupla.
Antes do clímax da BC, ainda houve a Mile vencida por Dakota Phone, uma pule de 38,70, que livrou um focinho gordo sobre Morning Line. Uma surpresa, considerando que a campanha do ganhador era toda construída no sintético. O terceiro foi de Gayego, e o favorito Tizway correu pouco.
A BC Turf não contou com o favorito Workforce, ficando reduzida a 7 competidores. A explicação oficial foi o estado muito duro da pista, mas dizem que o pessoal da Juddmonte preferiu não expor um ganhador de Epsom Derby e Arco do Triunfo a um possível fracasso, já que ele dava mostras de ter sentido a viagem. Ganhou então outro europeu, Dangerous Midge, de currículo ainda modesto (apenas um Grupo 3), mas que vinha evoluindo, na boa direção de Lanfranco Dettori. Champ Pegasus foi o segundo, e Behkabad, alçado à condição de favorito, não passou de terceiro.
O maior momento da Breeders Cup ainda estava por vir.

sábado, 6 de novembro de 2010

Primeiro Show


Se Uncle Mo era uma bela promessa, agora é uma indiscutível realidade. Fácil ganhador da BC Juvenile, já garantiu o Eclipse Award de melhor dois anos, e o favoritismo antecipado para o Kentucky Derby. Acompanhando com facilidade o train movido por Riveting Reason, com seu jóquei John Velásquez olhando para trás, o favorito entrou na reta dominando e tirou para longe de Boys At Tosconova, que igualmente chegou bem na frente dos demais na briga pela dupla. O terceiro foi Rogue Romance, com Biondetti em quarto.
A tarde da Breeders Cup já tem o seu primeiro show.

As Sprints


As versões areia e grama da BC Sprint acabaram sendo diferentes no seu desfecho. Na areia, ganhou de ponta a ponta Big Drama (foto), acertando bem a pisada na baliza 1 e não sendo realmente ameaçado no percurso. Seus escoltantes acabaram sendo, pela ordem, Hamazing Destiny, Smiling Tiger e Supreme Summit. O favorito Girolamo não conseguia acompanhar o train, e abandonou o páreo na metade da reta. Kinsale King, conforme comentado, não visto em carreira no dirt.
Na Turf Sprint, vitória de Chamberlain Bridge, a sua primeira em provas de grupo, em fortíssima arremetida nos últimos 200 metros. Central City, que comandou as ações, acabou na dupla, depois de resistir aos ataques de Bridgetown, que deu impressão e cansou, acabando em quarto (o terceiro foi Unzip Me). Os tordilhos que eu havia comentado, Silver Timber e California Flag, chegaram no meio do bolo, com o primeiro tendo reta infeliz – com mais sorte, poderia ter brigado pela dupla.

Juvenile Turf 2010


Nada de europeus, a Juvenile Turf ficou nos Estados Unidos, na fantástica atropelada de Pluck, corrido longe na última colocação por Garret Gomez. Em segundo, Soldat, que avançou pelas balizas internas. Willcox Inn foi terceiro e Madman Diaries, que ponteou até a entrada da reta, o quarto.A curiosidade é que os dois ganhadores das Juvenile Turf – Pluck e More Than Real – são da mesma cocheira e vinham trabalhando de parelha.

Dia Histórico


Hoje, Churchill Downs será palco de mais um capítulo da história do turfe, certamente um dos mais memoráveis, por bem ou por mal. Zenyatta e Goldikova estarão buscando a consagração, e suas eventuais derrotas serão igualmente lembradas por anos.
A tarde da Breeders Cup começa com a Juvenile Turf, carreira de prognóstico dificílimo. Eu ia até pular e começar os comentários no páreo seguinte, mas por obrigação vou usar uma lógica simplista: grama é pista para europeu, e o melhor deles parece ser Master Of Hounds, terceiro no Racing Post Trophy, principal carreira de potros da Inglaterra. As BC Juvenile, no entanto, costumam ser bem mais complicadas do que isso, especialmente as da grama.
A seguir, uma BC Sprint também difícil. Big Drama vem de dois segundos importantes, mas segundo os handicapers americanos, a baliza um tem baixo índice de ganhadores nos 1200 areia de Churchill Downs. Ao lado dele, irá partir Girolamo, da Godolphin, que curiosamente foi extendido da milha para a BC Classic no ano passado, mas depois parou e reapareceu dez meses depois em distâncias curtas. Vem de ganhar o Vosburgh em Belmont, o que certamente o credencia como força da prova. Inscrição curiosa aqui é a de Kinsale King, ganhador da Dubai Golden Shaheen em março, e que depois foi à Inglaterra tentar fortíssimas disputas na grama, tendo chegado em terceiro no Golden Jubilee em Royal Ascot, fracassando a seguir na July Cup. Como sua campanha anterior em solo americano era toda no sintético, parece estranho que ele não esteja na Turf Sprint.
A prova dos velocistas de grama, na seqüência, é outra pedreira para indicar alguma coisa. Silver Timber parece ter leve destaque, mas convém não desprezar o atual campeão California Flag, mesmo com seu fracasso na última.
A BC Juvenile promete uma demonstração de grande classe. Falam maravilhas de Uncle Mo, que impressionou nas suas duas vitórias, entre elas o Champagne Stakes em Belmont. Ele terá que provar que corre de verdade, pois terá em Boys At Tosconova, ganhador do Hopeful em Saratoga, um forte rival. J. B.´s Thunder, que também já tem grupo 1 na ficha, é outro que merece respeito. Vindo de vencer o Criterium de Milão, Biondetti, da Godolphin, é outra possível surpresa. Quero ver também como se sairá o campeão peruano Murjan, apesar de entender que ele terá tudo (mudança de hemisfério, de trem de carreira, de turma) contra.
Chegaremos, então, à BC Mile. Impossível marcar contra o tri de Goldikova (foto). Impossível torcer contra ela, sendo um turfista admirador de craques. O páreo terá, no entanto, um campo altamente qualificado, a começar por Gio Ponti, segundo na Classic em 2009, e que preferiu brigar pela vitória na grama. Tem também Paco Boy, excelente milheiro europeu, mas freguês da estrela da carreira. Importante citar também Sidney´s Candy, que depois de fracassar no Kentucky Derby (quando era um dos favoritos), voltou a correr bem e vem de vitória em grupo 2, e a égua Proviso, que talvez tenha fugido da Filly & Mare Turf pela distância (suas vitórias tem sido ao redor da milha), e acabou pegando a pior baliza em uma turma de primeiríssima.
A Dirt Mile também promete equilíbrio. Tizway, que vem de duas ótimas carreiras em Belmont, é o retrospecto. Here Comes Bem vem de quatro seguidas, a última em grupo 1. Gayego e Crown Of Thorns que brigaram pela vitória na Sprint passada, merecem consideração, apesar do pupilo da Godolphin parecer estar declinando, e o C.O.T. ter campanha baseada no sintético. Ainda convém considerar Morning Line e, como pensamento mágico, Mine That Bird, que não vence desde que surpreendeu o mundo do turfe no Kentucky Derby do ano passado.
A BC Turf é, ao mesmo tempo, fácil e difícil de marcar. Se prevalecer a categoria, ganha Workforce, secundado por Behkabad. Os dois no entanto, acabam de correr um extenuante Arco do Triunfo, e principalmente o favorito já parece ter dado mostras de não gostar de correr em intervalos apertados de tempo. O problema é que sair desta dupla, em páreo de apenas oito, é tarefa difícil. Debussy, outro que tem categoria, veio do velho continente ganhar o Arlington Million, voltou para Newmarket, correu o Champion Stakes em 16/10 (foi terceiro), e vinte dias depois, está inscrito em Churchill Downs. Desculpe, mas cavalo não é comissário de bordo. Entre os americanos, não dá para procurar muita classe, mas Champ Pegasus deve ser o que vai chegar.
Chega, então, o grande momento: Zenyatta em busca da consagração definitiva. Difícil precisar o que significam suas vitórias apertadas contra as fêmeas. Parece que ela corre somente o necessário para ganhar, e vai precisar superar um campo mais forte e uma reta mais curta. Vou torcer por ela. Seu principal inimigo parece ser Quality Road, o cavalo do train violentíssimo e dos recordes, que deve largar comandando as ações da baliza 1. Bem por fora, larga outro candidato, o badalado Lookin At Lucky, que não levou a última Juvenile por má direção de Garret Gomez, barrado depois do percurso acidentado do Kentucky Derby. Com Martin Garcia up, L.A.L. não perdeu mais, levando o Preakness, o Haskell e o Indiana Derby. Por puro palpite, eu não acredito muito nele. Convém lembrar de Blame, que vem de bater Quality Road no Whitney, e de Haynesfield, que vem de vencer Blame no Jockey Club Gold Cup.
É um festival de classe absoluta. Tomara que seja também o dia da consagração de Zenyatta. Ela merece.

O Dia das Fêmeas


Era um dia de favoritonas: Midday, considerada a grande barbada do festival na Filly & Mare Turf; Blind Luck, tentando na Ladies Classic o que não conseguiu na Juvenile Fillies do ano passado; Winter Memories defendendo uma curta invencibilidade na Juvenile Fillies Turf; e a tordilha Informed Decision tentando o bi na Filly & Mare Sprint. Decepção para todas, nenhuma levou. No primeiro dia da Breeders Cup, as estrelas previamente destacadas acabaram não brilhando.
Os páreos da BC começaram com a Marathon. Vou concordar com os especialistas: é um páreo sem nenhuma classe, chega a ser um crime o seu ganhador entrar para o rol dos campeões de Breeders Cup. Venceu Eldaafer, com Prince Will I Am cruzando o disco em segundo, mas sendo desclassificado e ficando fora do marcador, pela “tourada” que promoveu na última curva – os americanos, ao contrário dos franceses, punem os prejuízos absurdos. Com isso, Gabriel´s Hill subiu para segundo e A.U. Miner, o mais prejudicado, para terceiro – seu jóquei Calvin Borel ficou tão irritado que partiu pra porrada na repesagem. Na confusão, o brasileiro Alcomo acabou em quinto - havia sido o sexto em carreira – em atuação mediana.
Na Juvenile Fillies Turf, a favoritona Winter Memories perdeu, reclamou e não levou. A vitória ficou com More Than Real, bem conduzida de Garret Gómez, que soube fechar licitamente a porta da favorita na entrada da reta. Mesmo com curvas fechadas, venceu a potranca da baliza 11.
Na Filly & Mare Sprint, decepção total de Informed Decision, que nunca esteve no páreo – na última curva, o narrador chegou a destacar que ela havia ficado para último. Venceu com firmeza Dubai Majesty, que vinha de bater a favorita em Keeneland, levando seus proprietários a pagar uma suplementação de 90 mil dólares para correr a BC.
A Juvenile Fillies, como seria lógico, não tinha uma força destacada. Acabou sendo um duelo entre as duas mais faladas, com Awesome Feather, invicta em 5 atuações em Calder, superando R Heat Lightning depois de uma briga intensa na reta. Segundo o site da BC, a ganhadora chegou a Churchill Downs com o status de melhor potranca da Flórida, e saiu como melhor da América.
Na Filly & Mare Turf, a derrota da favoritona Midday foi definida pelo seu jóquei como “sem desculpas”. Atual campeã da prova, ganhadora dos recentes Yorkshire Oaks e Prix Vermeille (este, no festival do Arco), veio junto com a ganhadora Shared Account (foto), teve pelo menos 300 metros para passar, e acabou perdendo de cabeça. Também agarrada, Keertana chegou em terceiro, com a japonesa Red Desire, a mesma que bateu Glória de Campeão na preparatória da Dubai World Cup, em quarto. A ganhadora foi mais uma bomba na tarde, pule de 47 por 1.
Para encerrar, acabou prevalecendo na Ladies Classic a égua que derrotou Rachel Alexandra em abril, mas que depois disso fez três segundos em Grupo 1, Unrivaled Belle. Muito bem conduzida por Kent Desormeaux, dominou a carreira na entrada da reta e resistiu sem maiores sustos ao tropel final da favorita Blind Luck. O sinal amarelo foi ligado para os atropeladores: a reta de Churchill Downs é mais curta do que muitos estão acostumados.
Amanhã, um show de craques: Zenyatta tentando fazer (mais) história, Goldikova idem, além de Workforce. O sábado promete.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Breeders Cup 2010



Desta vez, não consegui estudar antes o programa. Dentro de 3 minutos, começa o festival da Breeders Cup 2010, com a Marathon, e a presença do brasileiro Alcomo. No momento, 7 cavalos tem pules parecidas, e Alcomo é um deles.
Mais tarde, comento os páreos - além da presença brasileira, minha curiosidade é ver Blind Luck, favorita derrotada na Juvenile Fillies do ano passado, voltando para tentar a Ladies Classic igualmente como preferida dos analistas. E tem ainda Midday, a grande barbada do festival, nos 2000 grama...

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Arbitragem Africana

Nas semifinais da Liga dos Campeões Africana, o egípcio Al Ahly acabou eliminado pelo Esperance Tunis, da Tunísa, ao perder por 1x0 fora de casa, depois de ter ganho por 2x1 no Egito. O gol mostra que arbitragens catastróficas são rotina no mundo inteiro, com a conivência lamentável da Fifa e da International Board.
O fato curioso é que os sites africanos que pesquisei não fazem nenhuma referência ao fato do gol decisivo ter sido claramente com a mão. Apenas no site da BBC encontrei a notícia do protesto egípcio à CAF (Confederação Africana de Futebol), que obviamente não irá adiantar nada.
A decisão será entre o Esperance e o Mazembe, do Congo, atual campeão.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Goldikova


Foi um fim de semana de shows nas pistas, e a vitória de Goldikova no Prix de La Foret foi um deles. E diziam que ela não gostava muito da pista macia...
Além do show da campeã, que deve ir aos Estados Unidos tentar o tri da Breeders Cup Mile, espetacular também foi a direção do Olivier Peslier. Não se apavorou ao ficar para segundo, tirou a campeã da cerca e deu a partida na hora certa para dominar a carreira e aparar a atropelada de Paco Boy.Vejam o vídeo no You Tube (http://www.youtube.com/watch?v=Cu-_dSiqSlE) - como agora eles (os vídeos) estão com resolução cada vez melhor, ficam também mais pesados e ultrapassam o limite de tamanho máximo que o blog permite...

domingo, 3 de outubro de 2010

Zenyatta De Novo


Zenyatta ganhou mais uma, chegando à décima nona vitória da sua invicta campanha. Sempre parece que não vai dar, mas ela parece saber onde fica o espelho, e corre sempre o suficiente para alcançar e superar suas rivais.
Sua vigésima apresentação deve ser a tentativa de bi na Breeders Cup Classic, que seria a tentativa de chegar a 3 BCs, já que ela ganhou a prova das fêmeas em 2008. Seja qual for o resultado, ela merece ser eleita horse of the year, reparando a injustiça do ano passado.
Se vencer, serão 20 em 20, e ela estará definitivamente na galeria dos grandes de toda a história do turfe.
Para quem quiser apreciar o vídeo, o link é http://www.youtube.com/watch?v=6dq8fAQ6yjo.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Arbitragens e o Corinthians


O Corinthians vem sendo mais uma vez favorecido pelas arbitragens, com vários pênaltis duvidosos ao longo do campeonato, mas também por pequenas intervenções que normalmente passam desapercebidas para observadores menos atentos.
Posso falar com tranqüilidade, por exemplo, do jogo Corinthians 0x1 Grêmio, já que assisti secando o tricolor, e vi o juiz amarelar meio time gaúcho no primeiro tempo, marcar um pênalti discutível para os paulistas no segundo e ainda, por conseqüência, expulsar o zagueiro Vilson, deixando o Grêmio com 10 homens. Sobre o lance capital, ouvi várias opiniões contra e a favor da marcação, mas é impossível não perceber a postura tendenciosa do juiz quando ele mina uma equipe com cartões e faltas próximas da grande área, enquanto alivia a outra. É a velha tática de irritar, desestabilizar psicologicamente aquela equipe que “deve perder”.
Hoje é um bom dia para ver se há realmente uma “mobilização” a favor do título corintiano no ano do seu centenário. O Inter joga na Arena da Baixada com vários jogadores importantes pendurados (D´Alessandro, Kleber e Bolívar, por exemplo), e irá enfrentar o Corinthians no domingo. Na postura do juiz de hoje, teremos um bom indicativo de como as coisas vão caminhar. Aplicação ou não de cartões amarelos pode influenciar muito a seqüência de uma competição, vide a famosa atuação do Héber Roberto Lopes na final da Copa do Brasil 2009, quando ele não deu amarelo a nenhum dos pendurados corintianos, nem mesmo ao Elias, que fez 7 faltas na partida, 4 delas por trás – sem falar na falta cobrada com a bola rolando. O mesmo Héber foi escalado para o jogo do Cruzeiro no último sábado (foto acima), outro postulante ao título, e gerou muitas queixas dos mineiros, que anunciaram após o jogo que “não vão perder o título no apito”.
O problema é que a decisão de ganhar ou perder “no apito” não é dos clubes...

domingo, 8 de agosto de 2010

Dezoito

Zenyatta manteve a invencibilidade na sua décima oitava atuação. Não sei se é recorde americano ou mundial entre fêmeas, e também não conheço tanto assim a história do turfe, mas ela está, sem dúvida, entre as maiores de todos os tempos.
Mike Smith mais uma vez deu vantagem, mas fica difícil criticar um jóquei que sempre acaba ganhando, mesmo dando alguns sustos.
Notem no vídeo que Zenyatta domina de orelha em pé - parece que ela sabe exatamente o que precisa correr para vencer cada carreira.

sábado, 7 de agosto de 2010

Inter Mundial

Quem diria que um dia eu estaria agradecendo ao Alecsandro neste blog...
O calcanhar dele, que tanto irritou em alguns momentos, acabou colocando o Inter na final da Libertadores e no Mundial Interclubes. O Inter mereceu passar, foi melhor do que o São Paulo no jogo de 180 minutos. O tricolor do Morumbi pagou pela partida medrosa que fez no Beira Rio. Entrou para empatar em 0x0 e acabou castigado.
Ontem, foi uma montanha russa. O Renan mais uma vez mostrando insegurança em um momento crucial. O Tinga novamente expulso de forma boba (até então, vinha fazendo boa partida). Mesmo com um a menos no final, o Inter não chegou a dar oportunidades para o São Paulo. Bolívar e Índio foram dois gigantes, Sandro e Guiñazu jogaram muito, D´Alessandro foi decisivo, Giuliano entrou novamente muito bem.
Méritos também para Celso Roth, que organizou o time e mobilizou o grupo.
Como vinha repetindo o Milton Neves, tudo indica que vamos ter um Inter x Inter no Mundial.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Espanha Campeã



Acabou ganhando a favorita. A Espanha, favorita dos sites de apostas, favorita da crônica, jogou melhor e foi conseguir seu gol do título no finalzinho da prorrogação. Iniesta, coroando sua grande Copa do Mundo, marcou o gol histórico.
Foi uma final de muitas faltas e alguma violência (a voadora de De Jong, na foto abaixo, mereceu só amarelo) dos holandeses, tolerada pelo fraquíssimo inglês Howard Webb – em uma Copa de arbitragens ruins, a final acabou não sendo diferente. Foi uma final que não desempatou a briga pela artilharia, com David Villa apagado e Sneijder tendo um ou dois lampejos de craque, e só. Foi uma final em que o técnico holandês mudou mal, tirando o amarelado De Jong para colocar Van der Vaart, abrindo seu meio de campo e passando a oferecer uma chance atrás da outra para os espanhóis, enquanto Vicente Del Bosque mexeu bem, colocando Navas no lugar de um apagado Pedro, e assim ganhando mais efetividade pela ponta, e Fábregas no lugar de Xabi Alonso, também com acréscimo de qualidade.
Foi, enfim, uma vitória merecida dos espanhóis, embora Robben tenha perdido uma chance incrível de consumar o “crime” no segundo tempo. Ganhou a seleção que cresceu na hora certa, que não levou nenhum gol na fase de mata-mata, que sempre teve mais posse de bola e mais finalizações do que seus adversários. Ganhou o melhor.

domingo, 11 de julho de 2010

Um Campeão Inédito


Ao contrário das minhas previsões, a Copa do Mundo 2010 coroará um campeão inédito. A Holanda, que passou pela semifinal sem jogar uma grande partida, tem a sua terceira chance de consagração. A Espanha, que dominou amplamente a badalada Alemanha na outra semi, chega pela primeira vez.
O time holandês fez, até aqui, uma Copa baseada na solidez defensiva, com o bom goleiro Stekelenburg protegido por uma defesa forte fisicamente e por dois volantes que marcam duro – Van Bommel, aliás, parece ter um “salvo conduto” dos juízes para bater e não levar cartão, na liberdade para Sneijder criar e no jogo pelas pontas, com Robben aberto na direita e Kuyt na esquerda. Acredito em uma Holanda mais recuada, esperando no seu campo para tentar sair no contrataque. O título holandês dependerá muito da atuação de Wesley Sneijder.
A Espanha, que até então vinha ganhando sem convencer plenamente, fez uma grande semifinal contra os alemães. A entrada de Pedro no lugar de Fernando Torres deu mais velocidade e mais opção pelo flanco ao time espanhol, que venceu a Alemanha também no duelo psicológico. Ao começar o jogo partindo para cima, os espanhóis assustaram os alemães, que recuaram demais e não conseguiram sair no contrataque com a mesma desenvoltura dos jogos anteriores. Talvez pelo peso da decisão, a Alemanha errou muitos passes, Ozil pouco apareceu e o suspenso Thomas Muller fez muita falta. Os espanhóis ficaram sempre com a bola, criaram várias oportunidades, mas acabaram ganhando em lance de bola parada. Puyol, por sinal, fez grande partida, não apenas pelo gol decisivo. Imagino uma Espanha comandando as ações, liderada por Iniesta, que tem sido o grande craque da Fúria até aqui. David Villa é o artilheiro decisivo, também fundamental, mas o meia do Barcelona é o grande articulador da equipe de Vicente Del Bosque. Bem assessorado por Xavi e Xabi Alonso, e protegido por Busquets, que fica mais fixo na frente da zaga, é Iniesta tem criado as ações ofensivas da Espanha. Na parte de trás, um Casillas muito firme, dois laterais voluntariosos e dois zagueiros que não me inspiram confiança.
No balanço geral, acho que a Espanha vai finalmente cravar o seu nome no grupo das potenciais mundiais (em seleções, pois seus clubes já estão na elite mundial há muito tempo). O polvo Paul também acha, e tem acertado tudo até aqui.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Alemanha x Espanha

Um time objetivo, que chega ao gol adversário em poucos passes. Um adversário que procura valorizar a posse de bola.
Uma Alemanha que chegou pouco comentada, mas que parece ter sido muito bem montada, sendo a melhor definição do termo “equipe” na Copa. Uma Espanha que chegou badalada, mas até agora não impressionou – mesmo assim, continua sendo a favorita de alguns sites de apostas. Os alemães sentirão falta de Thomas Muller, suspenso por um cartão amarelo injusto. Os espanhóis ainda esperam por Fernando Torres, enquanto Villa vai respondendo por quase todos os gols do time. Acho que o campeão do mundo sai da semifinal de quarta. Aposto nos alemães.

domingo, 4 de julho de 2010

Cruel Emoção


Uruguai e Gana podem não ter equipes capazes de ganhar a Copa, mas fizeram ontem um jogo de grandes emoções. Nos 90 minutos, períodos de domínio para os dois lados, um gol de Gana (Muntari) em falha do goleiro Muslera, o empate uruguaio em falta cobrada por Forlan, sempre ele. Na prorrogação, os africanos, com maior preparo físico, passaram a dominar os extenuados uruguaios e pareciam mais perto da vitória, até que veio, no último minuto, o momento crucial, um bate-rebate na pequena área uruguaia, em que o centroavante Suarez salvou duas vezes, a primeira com o pé, a segunda com as mãos. Pênalti no último lance, a chance de Gyan marcar mais uma vez e colocar o continente africano em uma inédita semifinal. O herói de Gana, no entanto, não mostrou a mesma calma dos outros pênaltis que cobrou. Desta vez, ele bateu forte e alto, ao contrário das suas cobranças anteriores, quando esperou a movimentação dos goleiros adversários e colocou nos cantos opostos. Bola na trave, fim da prorrogação, decisão por pênaltis.
Obviamente, o momento psicológico passou a ser totalmente uruguaio. Gyan ainda converteu o seu, mas o capitão Mensah e Adyiah perderam. Loco Abreu bateu com a sua tradicional cavadinha e colocou a Celeste em uma semifinal depois de 40 anos. Deu pena ver o choro dos africanos, que fizeram uma Copa consistente e poderiam entrar para a história. Com Gyan, que vinha sendo fundamental para Gana, o destino foi especialmente cruel.
Agora, o Uruguai terá missão difícil contra a Holanda, principalmente pelos desfalques certos de Fucile (que seria o marcador do Robben) e Suarez, além da provável ausência de Lugano. A Celeste tem, até aqui, uma defesa sólida, protegida por dois bons volantes (Arevalo e Perez), e dois atacantes decisivos, Forlan e Suarez, mas carece de criatividade no meio campo. Se conseguir anular Sneijder, pode tentar um crime no contrataque.

sábado, 3 de julho de 2010

Hora do Adeus


Depois de fazer um belo primeiro tempo, o Brasil entrou em tilt na segunda etapa e permitiu a virada holandesa, fato raro no histórico brasileiro em mundiais (havia acontecido apenas duas vezes – Uruguai em 50, Noruega em 98).
No começo, tudo parecia estar sob controle. Michel Bastos, com a permanente ajuda de Felipe Melo, surpreendentemente anulava Robben. Sneijder, atuando próximo da área brasileira, era bem marcado pelos volantes, principalmente por Gilberto Silva. A seleção brasileira estava “encaixada”, e a Holanda não conseguia achar uma solução. Robinho já havia feito o primeiro, em grande passe de Felipe Melo. Kaká e Maicon quase haviam ampliado.
Veio a segunda etapa, e Bert Van Marwijk fez o que se espera de um treinador: enxergou os defeitos do seu time e mudou. Adiantando a marcação e com Sneijder vindo buscar o jogo no círculo central (e assim passando a ter liberdade), o sinal de alerta estava claro: a Holanda voltava diferente. Aos 8, a falha de Julio César e o empate desestabilizaram emocionalmente o Brasil. Robben passou a ter o auxílio de Van Persie, menos fincado na área, e do lateral Van Der Wiel, que passou a se soltar mais. Como Michel Bastos já tinha levado um amarelo injusto, a coisa começou a se complicar pelo lado esquerdo da defesa brasileira. Com a entrada de Gilberto para evitar a expulsão eminente do lateral esquerdo, a coisa piorou. O segundo gol, aos 22, veio de um escanteio onde a zaga brasileira, supostamente o melhor setor do time, sofreu um apagão. A expulsão de Felipe Melo foi a pá de cal em um jogo que já se mostrava perdido.
A velha mania brasileira de eleger um culpado nas derrotas em Copas aflorou rapidamente, e sobrou para Dunga e Felipe Melo. É muito simplista depositar todo o peso nos ombros desses dois, já que até o goleiro, tido como o melhor do mundo, falhou na hora da verdade. Jogadores importantes renderam pouco contra os holandeses. O treinador pagou, sim, pela teimosa insistência em fechar o seu grupo, convocando apenas os seus seguidores leais. As críticas que pipocavam em todos os meios de imprensa se mostraram proféticas: na hora da verdade, não havia um substituto para Kaká, no caso de ele não estar 100%. Os dois jogadores que Dunga levou para a lateral esquerda já não atuavam por ali há tempos, e o fracasso do Gilberto foi a prova cabal disso. Supostamente, pelo menos segundo Dunga, Grafite seria o atacante alto e forte para a opção de bola aérea no momento do desespero, mas nem o próprio comandante brasileiro acreditou na sua escolha, preferindo fazer apenas mais uma substituição, a entrada do Nilmar. O resumo é que o “grupo fechado” chegou exatamente na mesma fase que a “falta de compromisso” de 2006.
Não se ganha Copa do Mundo só com união e motivação.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Hora da Verdade

Chegou a hora da verdade para Dunga. Se ganhar amanhã, embala rumo ao título – não que seja garantido que vai levar, mas ganha moral para chegar como força em uma final.
Se perder, a grande maioria dos jornalistas e torcedores vai descer o pau, lembrar da ausência do Ganso, do Neymar, do Ronaldinho Gaúcho, periga lembrarem até do Ronalducho...
Vai ser um jogo duro. Em 94, tínhamos o jogo na mão, sofremos o empate em duas indecisões do Taffarel, e o Branco tirou um coelho da cartola. Em 98, quem tem alguma memória deve lembrar do horror que foi o primeiro tempo, com os holandeses sempre com a bola no pé – naquele tempo não havia estatística de posse de bola – e o Brasil dentro da sua intermediária até fazer o gol no início do segundo tempo. Depois, o empate deles no finalzinho, a prorrogação com chances incríveis de lado a lado e o Taffarel defendendo os pênaltis – grande vitória, grandes atuações individuais do Ronaldo e do Rivaldo. Apostei forte que a Copa não terá um campeão inédito, e uma vitória do Brasil praticamente decide a minha aposta amanhã.
Acredito na vitória, e acho que a grande questão tática será como marcar Robben, e não vai ser o Michel Bastos que vai conseguir. Grudar alguém no Sneijder até não é tão difícil, o problema é equacionar o lado esquerdo da nossa defesa. Por outro lado (literalmente), o Brasil tem mais força ofensiva pela direita, com Maicon, Elano (até então, pois agora vai ser Daniel Alves amanhã, e talvez Ramires no fim) e ajuda do Robinho. Parece, observando de véspera, que é mais natural e tranqüila a marcação da Holanda sobre o Brasil do que ao contrário. Então, Dunga vai ter que mostrar que é mais do que um aglutinador do grupo. É a hora da verdade.

domingo, 27 de junho de 2010

Vergonha Recorrente

A Copa 2010 começou a mostrar uma cara diferente: melhores jogos, mais emoções, e arbitragens vergonhosas, possivelmente mudando o destino do mundial.
No sábado, não consegui assistir Uruguai x Coréia do Sul na íntegra, mas a qualidade celeste acabou prevalecendo na hora da definição. Suarez fez um golaço que colocou os uruguaios nas quartas, algo que não acontecia desde 1970. A Coréia do Sul poderia ter incomodado mais, não fosse a má pontaria de seus atacantes.
No jogo da tarde, Gana eliminou os Estados Unidos aproveitando os erros dos americanos. No lance do primeiro gol, o volante Clark perdeu a bola, armando o contrataque dos africanos e sendo crucificado com uma substituição ainda no primeiro tempo, mas o que ninguém comentou foi que a bola foi passada “na fogueira” pelo filho do treinador. Prince Boateng, o mesmo que tirou Ballack da Copa, colocou Gana em vantagem. Logo no início da prorrogação, o bom atacante Gyan aproveitou um balão da sua defesa para ganhar no corpo e na velocidade da zaga americana e encher o pé para classificar Gana para uma inédita participação nas quartas de final. Como eu falei aqui em outras oportunidades, Gana é um time certinho, disciplinado taticamente, que sabe se fechar. Gyan é um ótimo atacante que tem enfrentado bem o problema de ficar muito isolado. Não gosto muito da zaga de Gana, os elogiados John e Jonathan Mensah são limitados tecnicamente, apesar de serem fortes e rápidos. O goleiro Kingson, que ontem fez boa partida, já entregou um gol contra a Austrália, não merecendo confiança. No meio de campo, que sente a falta de Essien, me agrada o volante Annan, que está longe de ser craque, mas marca bem e sempre garante uma saída de bola com qualidade. Uruguai x Gana vai ser um duelo interessante – ainda acho que a experiência dos uruguaios vai prevalecer.
Nos jogos de hoje, a Fifa merece toda a responsabilidade pela vergonha dos erros de arbitragem. Os velhos caquéticos da International Board continuam resistentes ao uso de tecnologia como auxílio nas arbitragens, então a Copa do Mundo reflete o que acontece nos campeonatos ao redor do mundo: juizes, bons ou ruins, errando como qualquer ser humano, e prejudicando clubes e seleções, alterando drasticamente o destino de inúmeras competições. Por sinal, o que esperar de um órgão que garante cadeira cativa para os representantes da Inglaterra (a única Copa que ganhou foi em casa), Escócia (só pode ganhar campeonato de uísque), Irlanda e Pais de Gales!
Hoje, um ótimo Alemanha x Inglaterra ficou manchado pelo gol de Lampard não confirmado (na foto, a brincadeira com a linha que recua), no momento que os ingleses, que até então levavam um banho da Alemanha, haviam descontado e podiam empatar, mudando todo o aspecto psicológico da partida. Indo para o intervalo com a vantagem no placar, os alemães exploraram o contrataque no segundo tempo para chegar à goleada histórica. Volto a dizer, é a seleção que tem jogado o melhor futebol coletivo, e fará um jogo duríssimo contra os argentinos.
Os hermanos também foram beneficiados pelo juiz, o italiano Roberto Rosetti (foto). Após Tevez marcar o primeiro gol completamente impedido e sair para comemorar, tivemos a cena mais patética desta Copa, e possivelmente a pior de todas as Copas envolvendo arbitragem. O bandeirinha, após ver no telão do estádio (como comprovou a filmagem da ESPN Brasil) o seu erro grotesco, chamou o juiz e informou a pataquada que tinha feito, mas Rosetti resolveu confirmar a injustiça – se volta atrás com auxílio da tecnologia, provavelmente nunca mais apita nenhum jogo importante pela Fifa. A partir do 1x0, a Argentina dominou, ampliou, tomou pressão do México e venceu por 3x1. Hoje, concordei com PVC quando ele afirmou que os argentinos ainda não acertaram um time, tendo, na verdade, um conjunto de ótimos jogadores. Coletivamente, a seleção Argentina ainda tem defeitos, mas quem tem Messi e cia continua candidato, obviamente.
Amanhã, espero uma moleza para o Brasil, e tenho curiosidade na atuação da Holanda. No fim das contas, vai ser mais um Brasil x Holanda decisivo.

sábado, 26 de junho de 2010

Mudança no Mapa


Com o Chile confirmando sua classificação (foto), o mapa da Copa acabou definido com a pior participação européia desde que o mundial tem oitavas de final. A partir de 1986, sempre tivemos 10 seleções européias entre os 16 melhores, com a única exceção em 2002, quando 9 seleções do Velho Continente chegaram lá. Desta vez, serão só 7, um recorde negativo.
O destaque positivo é para o continente americano, com inéditos 5 classificados da América do Sul (o máximo, até então, havia sido 4), além do México e dos Estados Unidos. Os africanos mantiveram a tradição de sempre ter um (e sempre apenas um) representante nas oitavas, enquanto os asiáticos também igualaram seu recorde de 2002 ao colocar Japão e Coréia do Sul no mata-mata – só que desta vez eles não estavam jogando em casa.
Já escrevo sabendo que o Uruguai está nas quartas, mas mesmo antes já imaginava nossos vizinhos com caminho aberto até a semi – eles agora pegarão Gana ou Estados Unidos na próxima fase. Quando chegarem lá, devem encarar Brasil ou Holanda.
Do outro lado da chave, Argentina, Alemanha e Inglaterra ficaram no mesmo bloco, enquanto Espanha e Portugal fazem o duelo que deve estabelecer um semifinalista, já que Paraguai e Japão, que fazem a outra disputa das oitavas, devem parar mesmo nas quartas.
Embora pouco provável, a Copa 2010 pode ter uma fase semifinal totalmente sulamericana.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Mais Um Papelão


Hoje foi a vez da Itália. Ao contrário da França, sem crise, sem boicote dos jogadores, sem problemas internos. A Itália está fora da Copa por pura ruindade – não conseguiu ganhar um jogo sequer em um grupo que terminou com a Nova Zelândia invicta, a fraca Eslováquia classificada, e o mediano Paraguai em primeiro. Os dois finalistas da Copa anterior saem, então, na primeira fase, fato inédito na história dos mundiais.
A eliminação italiana teve drama, gol anulado, zagueiro eslovaco salvando em cima da linha (ou dentro do gol, ficou difícil definir com certeza), chegou a dar impressão que a Itália conseguiria o empate salvador, mas quando Kopunek recebeu na cara do goleiro uma bola vinda de arremesso lateral para fazer o terceiro gol da Eslováquia, o caixão italiano estava fechado. Nem time de várzea levaria um gol assim (parênteses necessário – que Copa desastrosa do Cannavaro, eleito o melhor jogador do mundo em 2006).Nos jogos da tarde, a Holanda confirmou tranquilamente o primeiro lugar do seu grupo, e o Japão me surpreendeu e passou bem pela Dinamarca. Ontem, também teve bastante emoção, com os Estados Unidos conseguindo uma justa classificação aos 45 do segundo, e a Sérvia furando o palpite de muitos estudiosos ao perder para a Austrália e deixar a vaga com Gana. Infelizmente, o trabalho me impediu de ver a rodada final da fase de grupos, onde houve emoção, pelo menos. Assisti muito jogo chato e não vi os mais emocionantes. Quem sabe nas oitavas tenho mais sorte.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Confirmações, com Alguma Emoção


Hoje, tudo mais ou menos dentro do esperado. Uruguai e México, sabendo que mesmo uma derrota dificilmente eliminaria o perdedor, lutaram pelo primeiro lugar da chave - o "jogo de compadres" temido por muitos não aconteceu. A emoção apareceu no grupo A quando a África do Sul abriu 2x0 na França e ficou com um jogador a mais. No intervalo dos jogos, com a vitória parcial do Uruguai, bastava que mais dois gols aparecessem para o time de Parreira chegar às oitavas. Só que o gol saiu para o lado errado. Malouda fez o único gol francês na Copa, esfriando o ímpeto e selando a eliminação dos Bafana Bafana. Uruguai em primeiro de forma justa, México em segundo "arranhando", África do Sul confirmando as palavras proféticas do Galvão Bueno no jogo de abertura, lamentando muito a bola na trave do Mphela contra os mexicanos. A França, para encerrar a sucessão de papelões, ainda teve a patética recusa de Domenech em cumprimentar Parreira no fim do jogo (foto).
No Grupo B, os argentinos pouparam jogadores e voltaram a vencer. Ainda sem o gol de Messi, o craque da Copa até aqui. Coréia do Sul e Nigéria fizeram um jogo de reviravoltas, e os coreanos aguentaram a pressão final e ficaram com a vaga. Os nigerianos, talvez os representantes africanos com mais chances na última rodada, ficaram de fora - quem perde as chances que eles perderam, não pode reclamar. O lance do Yakubu desviando sem goleiro para fora vai entrar naquelas coletâneas tipo Fifa Fever, com certeza.
Nos próximos cruzamentos, acredito em vitórias tranquilas (dentro do possível para uma fase de mata-mata) de Argentina e Uruguai. Coréia do Sul e México já foram longe demais.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Copa América



A Copa do Mundo virou Copa América. O sulamericanos estão invictos e mandando nos seus grupos, e apenas o Chile, apesar de ser líder da chave, corre risco concreto de ficar fora das oitavas. No domingo, enquanto a Itália amargava um histórico empate com a Nova Zelândia, o Paraguai vencia a fraquíssima Eslováquia. Com quatro pontos e pegando a Nova Zelândia no último jogo, os paraguaios devem confirmar o primeiro lugar da chave e um confronto com Dinamarca ou Japão nas oitavas.
O domingo teve também a boa vitória do Brasil, que mandou no jogo depois que Luis Fabiano fez o primeiro – até então, o jogo estava enrolado. O time do Dunga é pragmático, faz o que precisa fazer para ganhar dos adversários que está pegando. Vamos ver quando enfrentar equipes melhores...
O maior fiasco dominical não foi italiano, mas francês. Enquanto a delegação trocava xingamentos e os jogadores se negavam a treinar, o juiz Stephane Lannoy fazia uma arbitragem condescendente com a violência da Costa do Marfim até ter um súbito acesso de rigor e expulsar o Kaká. Piada.
Hoje, o dia começou com o massacre português em cima da Coréia do Norte. Não dá para comparar com Brasil x Coréia, porque a postura coreana foi bem diferente hoje. No segundo tempo, eles simplesmente resolver jogar uma pelada, atacando com 6 ou 7, desguarnecendo assustadoramente a retaguarda e atingindo a história marca de apenas 3 faltas cometidas em 90 minutos. Com inúmeras oportunidades de contratacar com 3 contra 3, 2 contra 2 e por aí vai, e consciente da importância de fazer saldo para encaminhar a classificação, Portugal chegou fácil aos 7x0.
A festa sulamericana continuou com a vitória do Chile sobre a Suíça. Depois de muito insistir contra um time com dez homens que só tentava agüentar o 0x0, os chilenos chegaram ao gol apenas aos 29 do segundo, com Gonzales. Prêmio para a equipe que jogou pra ganhar, mas um jogo com influência direta de Khalil Al Ghamdi, o juiz saudita. Ele expulsou corretamente Behrami, o suíço que no mesmo lance atingiu dois jogadores chilenos com “braçadas”, ao tentar proteger a bola. Quando o segundo movimento acertou o rosto de Vidal, Al Ghamdi puxou o vermelho. O problema é que ele não usou o mesmo critério quando o chileno Medel deu um tapa no rosto de um suíço no empurra-empurra de um escanteio. Para a Suíça, vermelho; para o Chile, apenas amarelo. Além disso, o gol chileno começou em lance que tinha impedimento de Paredes – ele entrou sozinho, driblou o goleiro e cruzou para a cabeçada de Gonzáles, definindo o jogo.
De novo, o Chile perdeu muitas chances, gols que podem fazer falta no saldo, critério que pode definir o grupo. Com as duas vitórias magras, os chilenos só ficam tranqüilos se pelo menos empatarem com a Espanha na última rodada. Ou seja, se não garantirem o primeiro lugar, tem boas chances de ficarem também sem o segundo.
O dia terminou com a tranqüila vitória da Espanha sobre Honduras. 2x0, dois gols de David Villa, que ainda errou um pênalti. Foi um jogo parecido com o de Portugal, a diferença foi a postura de Honduras, que tentou jogar, mas não se desarrumou em campo. Os portugueses enfrentaram um time de pelada, enquanto os espanhóis enfrentaram um time fraco. Na próxima sexta, a definição dos cruzamentos entre os dois grupos pode colocar Brasil x Espanha já nas oitavas, ou um duelo Portugal x Espanha cheio de rivalidade. Seja qual for o adversário (se passarem), os espanhóis precisaram acertar mais o pé.

sábado, 19 de junho de 2010

Primeiro Classificado, Primeiro Eliminado


O segundo sábado da Copa terminou com a primeira seleção matematicamente classificada para as oitavas, a Holanda, que hoje venceu o Japão jogando do mesmo jeito que na estréia: muita posse de bola (61% no total, 69% no primeiro tempo) e grande dificuldade de furar a retranca do adversário. Um chute com certo efeito de Sneijder e uma colaboração do goleiro japonês, 1x0 no placar, 100% de aproveitamento, defesa invicta, mas futebol que não impressionou, este é o resumo da seleção holandesa. O Japão, que eu ainda não tinha visto, me surpreendeu positivamente, e como vai jogar por um empate na última rodada, pode chegar nas oitavas.
No segundo jogo do dia, Gana saiu perdendo para a Austrália, empatou, ficando com um mais no lance do pênalti que originou o 1x1 (Kewell salvou com a mão em cima da linha), mas não teve força para virar, complicando sua situação. É curioso, mas é isso mesmo, o líder da chave se complicou – quem observou a reação dos jogadores no fim do jogo percebeu que eles saíram com a mesma sensação. O problema é que Gana enfrenta a Alemanha na última rodada, e mesmo a vantagem do empate não parece suficientemente reconfortante. Como a Sérvia enfrenta a Austrália, os africanos podem acabar fora, caso sejam derrotados pelos alemães.
O dia foi encerrado com um dos jogos mais movimentados da Copa até aqui. Dinamarca x Camarões teve os dois times tentando ganhar, e as duas defesas errando muito, receita perfeita para uma partida com muitas chances de gol. Camarões saiu na frente, com Eto´o aproveitando uma bola entregada pela defesa dinamarquesa, mas os europeus viraram em duas escapadas pela direita. Na primeira, em uma ligação direta da defesa, Rommedahl (foto) recebeu às costas do lateral e cruzou forte para Bentdner marcar. No segundo, o próprio Rommedahl resolveu ir para cima do marcador, cortou para o meio e bateu colocado para fazer 2x1. Camarões teve chances de empatar, o veterano Tomasson perdeu na cara do goleiro a oportunidade de ampliar, mas o resultado não mudou mais, e a primeira seleção eliminada é do continente africano. A Dinamarca vai precisar de nova vitória na última rodada, já que tem saldo inferior ao Japão.
Por enquanto, temos a Copa da marcação, e da maior parte das melhores seleções tendo imensas dificuldades de furar os bloqueios defensivos. Com apenas 49 gols em 26 jogos, a Copa 2010 tem, até aqui, a pior média da história, apenas 1,88 gols por partida.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Favoritos Patinando


Depois de impressionar na estréia, a Alemanha perdeu para a Sérvia, que havia iniciado a Copa com derrota e atuação muito abaixo da crítica. Não vi o jogo, mas antes que comecem a desmerecer os alemães, é importante destacar que eles ficaram com um a menos no primeiro tempo, e perderam um pênalti no segundo. Lamentei, porque tinha apostado no 1x1 (antes do início da Copa) em todos os bolões que estou participando.
O primeiro grande erro de arbitragem aconteceu em Eua 2 x 2 Eslovênia, uma inexplicável anulação do gol da virada americana no finalzinho. O responsável foi Koman Coulibaly, juiz de Mali – castigo para Fifa, que insiste em escalar árbitros de paises sem nenhuma tradição.
O pior do dia foi ver mais uma atuação lamentável da Inglaterra. Lenta, burocrática, sem força, sem mecânica de jogo, tudo que se falar dos ingleses é pouco. Lampard e Gerrard lutaram bastante, mas erraram demais, até mesmo em lances triviais. Rooney (foto), então, coitado, parece sofrer do mesmo mal que aflige outros famosos, a falta de ritmo de jogo, conseqüência de lesão pré-copa. Não conseguiu acertar nada, sendo eleito o pior em campo pelos leitores da edição online do The Guardian (o mesmo da entrevista do Sócrates), com média 2,3. A Inglaterra ainda pode avançar, desde que vença a Eslovênia, mas vai precisar jogar muito mais, e não parece ter soluções no banco – não adianta apelar para o Peter Crouch...

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Definição no Grupo A


Trabalhando, viajando, só consegui ver o segundo tempo de Grécia x Nigéria, que foi, aliás, bem movimentado. O destaque do dia, no entanto, foi México 2x0 França. Os bleus estão virtualmente fora da copa, repetindo 2002. Neste caso, as eliminatórias e os amistosos foram referência - a França não vinha jogando nada, e continuou muito mal na Copa, dando razão aos críticos do treinador Domenech. Seria justiça divina pela mão de Henry? O fato é que o empate entre Uruguai e México serve para classificar ambos, e mesmo uma derrota por um gol deve servir para o perdedor do jogo. Ou seja, França e África do Sul dependem de um milagre para seguir na Copa.
No grupo B, a Argentina fez 4x1 na Coréia do Sul, que tinha deixado boa impressão na estréia. Hoje, os hermanos confirmaram para todo mundo ver aquilo que eu já havia visto contra a Nigéria. São candidatos, e muito.
Contra os nigerianos com dez homens desde o primeiro tempo, a Grécia conseguiu sua primeira vitória em Copas, mas deve mesmo ficar de fora, por pegar a Argentina na última. A Coréia do Sul precisa de um empate, e mesmo a Nigéria ainda tem chances, pois caso vença, só estaria fora se a Grécia pelo menos empatar com os argentinos.
Está pintando Argentina x Alemanha nas quartas, como em 2006. Se acontecer, será um grande jogo.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Dia de Decepções


Duas grandes frustrações nesta quarta feira: a badaladíssima Espanha perdeu para a Suiça, e a dona da casa África do Sul, abrindo a segunda rodada, foi goleada e ficou em situação dificílima no grupo A.
Assisti na íntegra apenas o primeiro jogo do dia, Chile x Honduras. Uma boa atuação chilena, considerando, é claro, o nível de expectativa que se tem com uma seleção com histórico de figurante em Copas do Mundo. O Chile adotou uma postura ofensiva, mostrou toque de bola e velocidade no ataque, poderia ter vencido por bem mais de 1x0. Honduras parece destinada a sair da Copa sem marcar pontos. O problema para a classificação chilena foi o resultante seguinte, a surpreendente vitória da Suiça sobre a Espanha, que deve embolar a briga pelas vagas. Como os espanhóis podem e devem tentar uma recuperação, a diferença de apenas um gol conseguida pelos chilenos pode decidir contra eles a passagem para as oitavas.
Não vi a estréia da Fúria, mas ouvi comentários desabonadores, principalmente sobre o primeiro tempo, em que os espanhóis tiveram grande dificuldade de criar alguma coisa frente à muralha suiça. Levando um gol aos 6 do segundo, os espanhóis se atiraram ao ataque, deram bola na trave, levaram bola na trave, e começam o mundial confirmando o velho paradigma: amistosos e campanha nas eliminatórias não são referência, na Copa crescem as grandes seleções, e os espanhóis, por enquanto, estão sob a sombra de mais uma vez chegarem badalados e sairem como decepção. Apenas para lembrar, em oitenta anos de Copa, eles chegaram apenas uma vez entre os quatro!
Na abertura da segunda rodada, um banho de água fria no entusiasmo da África do Sul. Um Uruguai tranquilo, bem estruturado e modificado em relação ao primeiro jogo (com a inclusão de mais um atacante e o recúo de Foran para o meio), chegou à goleada de 3x0. O placar elástico até foi um castigo excessivo, e complicou demais a vida do time de Parreira. A esperança dos Bafana Bafana é um empate entre França e México amanhã, que poderia deixar a classificação ao alcance de uma vitória simples contra os franceses na última rodada, desde que o México não vença o Uruguai. Parece um otimismo até ingenuo, no entanto, imaginar que os donos da casa consigam vencer os franceses. Aliás, pelo que mostrou a África do Sul hoje, imagino que o México, que teve muitas dificuldades contra eles, também deva sofrer contra França (por pior que tenha sido a estréia) e Uruguai.
Foi uma quarta feira de mudança nas previsões, e que pode ter começado a desenhar um Brasil x Espanha nas oitavas de final.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Estréia Razoável


Desnecessário comentar lances que todo mundo assistiu, então vou direto ao ponto: a estréia do Brasil na Copa foi razoável, com pontos positivos e defeitos preocupantes.
O primeiro tempo deixou muito a desejar, e os principais defeitos da seleção de Dunga saltaram aos olhos. A saída de bola do Brasil é muito lenta, resultado de uma escalação com Felipe Melo e Gilberto Silva nas duas primeiras funções do meio, o que, aliás, não é novidade. Como Kaká está visivelmente sem ritmo (assim como Luis Fabiano), o Brasil teve muita dificuldade de armar seus ataques, criando quase nada para sair do 0x0. Mesmo com seu principal jogador crescendo durante a Copa, o Brasil pode ser um time fácil de ser marcado nas fases decisivas, e isso é o que mais preocupa.
No lado bom da balança, a disposição de Robinho, que muitas vezes veio buscar jogo para tentar “desenrolar” a Seleção e foi o jogador que mais produziu. Foi bom também ver que Dunga parece ter uma alternativa para uma possível lesão de Kaká, que é justamente recuar Robinho e colocar Nilmar na frente, como ele fez no fim do jogo. Outro destaque positivo foi a participação, se não tanto em qualidade, mas pelo menos em quantidade, do Michel Bastos, em quem eu não acreditava. Além disso, Maicon confirmou a fase e fez um gol inteligente, batendo no contra pé do goleiro. Acho que o Brasil, no fim das contas, pode e vai jogar mais.
Antes da nossa estréia, um Portugal x Costa do Marfim onde a tônica foi o medo de perder. Ninguém arriscou nada, e o resultado de 0x0 só esteve ameaçado pelo grande lance de Cristiano Ronaldo no início e pela leve pressão que os marfinenses ameaçaram fazer no finalzinho. Drogba entrou aos 20 do segundo, dando a impressão que ainda está se poupando.
Mais cedo, um resultado que me surpreendeu muito, o empate da Eslováquia com a semi-amadora Nova Zelândia. A equipe européia vai se complicar com esses pontos perdidos.
Para domingo, espero um jogo duro para o Brasil. A Costa do Marfim mostrou hoje muita disciplina tática e força na marcação. Sven Goran Eriksson deve posicionar seu time, como fez hoje, todo atrás da linha de meio de campo, então vamos precisar um pouco mais de rapidez, um pouco mais de inspiração e um pouco mais de Kaká para conseguir a segunda vitória.